Nessa última quarta feira (25/06), a morte do rei do pop Michael Jackson completou cinco anos. Com diversas homenagens em sites, redes sociais e no mundo todo, resolvi fazer a minha singela homenagem com uma resenha do segundo álbum póstumo do cantor, "Xscape", lançado no dia 9 de Maio (Antes mesmo de eu ter criado o blog). "Xscape" foi lançado pelo gravadora Epic e traz como produtores John McClain, Jerome Harmon, Rodney Jerkins, Stargate e famoso Timbaland. E tendo como produtor executivo e supervisor de produção L.A. Reid, conhecido por trabalhar com Mariah Carey, Rihanna, Usher e entre outros.
L.A. Reid teve acesso a todo o arquivo de músicas descartadas pelo rei do pop e escolheu oito faixas, produzidas em diversos momentos do cantor, para trabalhar. Junto com os outros produtores, ele começou a produzir o disco a partir de uma linha de pensamento: "O que o Michael Jackson faria atualmente?". Com essa ideia, deu partida a toda a etapa de contemporização das demos, mantendo toda a essência artístico de Michael presente nas faixas e incorporando o que há de mais atual na música pop.
"Love
Never Felt So Good" abre o disco com sua introdução solene e em seguida é
rechiada por batidas dançantes do funk, mantendo um singelo destaque para o
piano, também presente na versão original, e recheada por violinos e riffs de
guitarra empolgantes e cheios de ritmo. Na versão deluxe a canção recebe um
brilho a mais com uma guitarra mais presente, instrumentos de sopro, com batidas
mais fortes do funk, permitindo a música soar mais dançante, e com Michael
dividindo os vocais com Justin Timberlake, um dos cantores mais influenciados
pelo o rei do pop atualmente.
A primeira faixa é a mais orgânica do disco, o qual segue trazendo canções com uma presença marcante de sintetizadores. "Chicago" deixa de lado as batidas funk e vem trazendo as influências do hip-hop, embaladas por camadas sintéticas que preenchem toda a faixa e vocais rasgados no refrão. "Loving You", uma gostosa baladinha, consegue manter um certo tom nostálgico e até maneira um pouco nos sintetizadores, trazendo a sonoridade R&B já conhecida no trabalho do cantor e com certeza é uma das faixas mais agradáveis do disco ao lado de "Love Never Felt So Good".
A primeira faixa é a mais orgânica do disco, o qual segue trazendo canções com uma presença marcante de sintetizadores. "Chicago" deixa de lado as batidas funk e vem trazendo as influências do hip-hop, embaladas por camadas sintéticas que preenchem toda a faixa e vocais rasgados no refrão. "Loving You", uma gostosa baladinha, consegue manter um certo tom nostálgico e até maneira um pouco nos sintetizadores, trazendo a sonoridade R&B já conhecida no trabalho do cantor e com certeza é uma das faixas mais agradáveis do disco ao lado de "Love Never Felt So Good".
O segundo álbum póstumo de Michael segue com uma maior ênfase nos recursos eletrônicos. "A Place With No Name" e "Slave to the Rhythm" são as que mais abusam desses recursos. A primeira soa muito diferente de sua versão original que possui uma pegada mais country. Já a segunda traz novamente as batidas de funk, presentes na primeira faixa do disco. "Do You Know Where You Children Are" vem com uma roupagem sintética lembrando bastante as músicas mais atuais do genêro synthpop, com uma pegada mais agressiva, lembrando eras posteriores como "Bad", um solo de guitarra distorcido e até os icônicos gritinhos de Michael. Tudo isso consegue transmitir uma sensação de revolta que cai muito bem com a composição da canção, retratando a exploração sexual infantil.
Por mais que o uso de sintetizadores seja um ponto positivo, ao longo da audição, ele também se torna um ponto negativo. As roupagens exageram um pouco na utilização desses recursos, deixando os instrumentos orgânicos das versões originais quase ofuscados e às vezes sufocando o próprio vocal de Michael. No começo soam agradáveis, mas a medida que o disco vai progredido se tornam massantes. Bem, não quer dizer que as músicas já faladas até aqui sejam ruins, não. "Love Never Felt So Good" e "Loving You" são as mais assertivas e as melhores do disco, todavia, a forte presença desses recursos nas canções, que compreendem desde "Chicago" até "Xscape", vão tornando as seguintes mais desgastantes. "A Place With no Name" e "Slave to the Rhythm" poderiam soar bem melhor se não fosse o abuso nos sintetizadores. A versões originais dessas duas faixas com certeza são bem melhores. Tudo isso intensifica a finalização negativa do registro. "Blue Gangsta" e "Xscape", faixas que finalizam o álbum, são as mais desinteressantes do disco em relação ao resto do catálogo de canções, soam quase imperceptíveis e sem sombra de dúvida que o exagero nos arranjos eletrônicos deram uma mãozinha para isso.
Entre acertos e erros, "Xscape" consegue fechar sendo um bom álbum. L.A. Reid, Timbaland e os outros produtores trouxeram o melhor que já conhecemos de Michael, sejam nos remetendo as eras mais dançantes de singles como "Rock With You" e "Don't Stop Til You Get Enough" em "Love Never Felt So Good", na era mais agressiva, presente no disco "Bad", em "Do You Know Where You Children", ou nas baladinhas R&B, como "Human Nature", em "Loving You" e, claro, temperando tudo isso com estilos mais atuais. Uma tentativa de lucrar em cima do legado de um dos maiores artistas da música ou não, o disco é ótimo para os fãs e admiradores veteranos se relembrarem de antigos registros de Michael e até imaginarem que rumo o artista tomaria em tempos atuais ou para aproximar um público mais jovial ao trabalho desse grande e icônico artista, o qual revolucionou diversos setores da arte e é considerado o rei do pop, o nosso Michael Jackson.
Uma dica minha para finalizar: Ouça a versão deluxe, onde você encontrará todas as versões demos das músicas trabalhadas no disco e mais a versão de "Love Never Felt So Goo" em parceira com Justin Timberlake.
Gravadora: Epic Records
Nota: 7.5
Faixas: 8 e 17 (Deluxe)
Ouça: Spotify, Deezer
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