Nana é uma artista baiana que lançou seu primeiro álbum, intitulado "Pequenas Margaridas", no ano de 2013. O registro debut é um gostoso indie-pop que brinca com o samba, a bossa-nova e até a jovem guarda. Falei dele aqui no blog na estreia do "Degustando Sonoridades". Para quem quiser dar uma lida é só clicar aqui.
Após 2 anos, e para minha felicidade, além de só ter descoberto há poucas semanas,
a cantora lançou um segundo registro. Dessa vez, Nana nos presenteia
com 4 canções, lançadas em 2015, em forma de um EP. Levando o nome
"Berli(m)possível", o EP retoma a mesma atmosfera do trabalho anterior, um som quase onírico, anuviada e de vocais mansos, mas sem esquecer o ingrediente principal, a doçura.
A
diferença entre os dois registro é que, em "Berli(m)possível", a cantora
deixa de lado a bossa-nova e se joga nos ritmos regionais nordestinos,
como na faixa-título e na letárgica "Recomeçar". Por outro lado, ainda
se mantém fiel ao samba. "Ano Novo" e "Amor, Bicho Geográfico" são uns
verdadeiros abre alas, dois sambinhas carnavalesco recheados da candura
típica da baiana. Já nas letras, Nana destaca
as sensações de estar apaixonado, a procura por relacionamentos, as
dores causadas pelo amor e o processo de auto renovação.
"Berli(m)possível" é doce, sentimental na medida certa e flerta com os ritmos brasileiros de uma forma diferente do habitual (Para quem não teve contato com seu primeiro trabalho). É uma artista que ainda não tem o devido destaque no cenário independente brasileiro, mas que merece ter o seu trabalho reconhecido e compartilhado.
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